Há poucas semanas saiu o primeiro diagnóstico de danos cerebrais no MMA. Infelizmente, o diagnóstico atual só é possível ao se analisar diretamente o tecido cerebral e, portanto, após a morte do atleta. Por isso, os danos cerebrais de Jordan Parsons, ex-lutador do Bellator, só foram diagnosticados após seu acidente letal de carro aos 25 anos de idade.
Os danos no cérebro de Parsons eram típicos de quem sofre golpes severos e repetitivos na cabeça. Até então, o MMA era tido como um esporte de luta com baixo risco de danos cerebrais já que não é dada ao atleta a chance de reiniciar a luta durante a contagem regressiva e porque os atletas utilizam luvas que transferem menos a força do impacto para o cérebro do que as luvas de boxe.
Em 2012, por exemplo, Gary Goodridge foi diagnosticado com “demência pugilística”, mas isentou o MMA atribuindo suas lesões cerebrais aos anos de luta no kickboxing.
De qualquer forma, os organizadores do MMA estão em sob vigília. Além disso, fica ainda mais evidente a necessidade de melhora nos meios de avaliação de danos cerebrais. Principalmente em esportes de alto risco de concussão como esportes de luta, futebol americano, rugby, etc…
Uma vez que os danos cerebrais estão bastante relacionados a perdas cognitivas (ou seja, queda no desempenho do cérebro no processamento de informações), avaliações de performance cognitivas podem ajudar a detectar de forma mais precoce danos cerebrais permanentes.