Em 2012, o globoesporte.com publicou uma matéria americana sobre os efeitos que o sexo realizado na véspera das competições pode ter na performance dos atletas. A matéria, que também foi apresentada no “Corujão do esporte”, foi realizada com o lutador Chris Byrd, que se empenhou fortemente em combater o que ele considerava um mito esportivo, já que sempre fazia sexo com sua esposa antes das lutas.
Na semana passada, e quatro anos depois da matéria americana, o Globo esporte realizou testes bastante similares com um casal de caratecas brasileiros, Douglas Broose e Lucélia Ribeiro, e obteve os mesmos resultados: “O sexo não atrapalha a performance física dos atletas”.
Assista o vídeo com Douglas Broose e Lucélia Ribeiro aqui.
É claro que os experimentos mostrados nas matérias são ilustrativos. Pesquisas científicas são realizadas com vários atletas e controlam diversos fatores que podem deixar os resultados confusos.
Mesmo assim, essas matérias jornalísticas estão de acordo com trabalhos científicos realizados em outras partes do mundo. Uma revisão escrita por pesquisadores italianos, croatas e ingleses, e publicado este ano na revista Frontiers in Physiology (trad: Fronteiras em Fisiologia) analisou diversos artigos científicos e sugeriu que o sexo feito em um intervalo maior do que 2 horas antes da competição não diminui a força física dos atletas.
Mas, então, de onde vem esse mito?
Bom, talvez os efeitos do sexo sejam mais psicológicos do que físicos. Nossos músculos podem funcionar da mesma forma, mas nosso cérebro não.
O que tem ficado cada vez mais claro é que avaliar e treinar a forma como o nosso cérebro processa informações e se comunica com nossos músculos, que é parte da nossa cognição, é essencial para garantir o alto desempenho esportivo.
Outra hipótese é que a diminuição da potencia causada pelo sexo pode, no final das contas, não ser um mito. De forma geral, os testes não foram realizados durante as competições. Os artigos científicos, assim como as matérias jornalísticas, testaram a performance atlética utilizando aparelhos dentro das academias de treino. Apesar de o ambiente das competições ser muito dinâmico e variável (algo que, em geral, complica bastante a interpretação dos resultados de testes científicos), é nesse ambiente que os atletas se empenham ao máximo para realizar performances do mais alto nível. Por outro lado, nas academias eles podem, consciente ou inconscientemente, modificar a performance porque preferem uma teoria ou outra. Até porque, quem vai querer provar que o sexo tem efeitos ruins?
Artigo “Sexual Activity before Sports Competition: A Systematic Review”
muito bom o seu artigo
Muito bom o seu artigo.
Boa noite,
Muito bom.